sábado, 26 de março de 2011

Ricardo Teodósio venceu 'Open' com espetáculo 'WRC'


Quem viu ao vivo a prestação de Ricardo Teodósio na prova de hoje dos homens do Open de Ralis não pode ter deixado de pensar: "Que bem que ficaria este piloto entre os homens que disputam o PWRC". O piloto algarvio foi igual a si próprio, e para além de vencer os três troços que compuseram a 'sua' prova, deu espectáculo como só ele sabe. Quem se recorda do que fez o ano passado no Rali de Loulé, curiosamente num dos locais onde passaram hoje os homens do WRC (ver aqui: http://www.youtube.com/watch?v=4rdng-H6O50 ) e hoje o viu andar, testemunhou a mesma classe. No gancho de Santa Clara a Nova em Almodôvar, uma das zonas onde o vimos hoje passar, foi igual a si próprio, com uma agressividade que só se viu entre alguns homens do WRC.

Em paralelo com a prova do Campeonato do Mundo de Ralis, 30 concorrentes alinharam no Vodafone Rally de Portugal inseridos numa competição extra-campeonato denominada Open, em viaturas VSH. Almodôvar, Vascão e Loulé foram as especiais percorridas na tarde de sábado, num total de 70,04 quilómetros cronometrados.

Ricardo Teodósio e António Morais dominaram por completo esta prova, sendo os mais rápidos nas três classificativas, não dando hipóteses à concorrência. O equipa algarvia, aos comandos de um Mitsubishi Lancer Evo IV, começou por ganhar logo no primeiro troço 42,2 segundos ao adversário mais próximo, aumentando logo de seguida a vantagem para cerca de um minuto.

A terminar, Ricardo Teodósio quis fechar em grande e voltou a imprimir um ritmo muito forte acrescentando 51,1 segundos à sua vantagem, que no final ficou em 1m55,1s: “O carro foi montado à última hora e o turbo apenas fazia 1,2 de pressão, quando devia fazer 2,1. Tivemos que ter muito cuidado, pois não queria-mos estragar nada, pois já temos uma prova no próximo fim-de-semana”, disse Ricardo Teodósio no final.

José Merceano e Francisco Pereira, também em Mitsubishi Evo IV, foram aqueles que assumiram as despesas de perseguição ao líder, mas cedo se percebeu que a tarefa era impossível. De qualquer forma, foram sempre segundos e não foram importunados na discussão do lugar intermédio do pódio onde terminaram: “Foi um pouco duro, mas conseguimos chegar ao final que era o nosso objectivo, apesar do carro falhar um pouco nas zonas mais rápidas”.

António Nunes começou por ocupar a terceira posição nas duas primeiras especiais, mas na derradeira classificativa ficou pelo caminho, depois de problemas de turbo. Aproveitando o facto, Carlos Valentim e João Mateus ascenderam ao derradeiro lugar do pódio, a equipa não teve o carro totalmente a seu gosto mas deu para terminar. Ainda dentro dos cinco primeiros ficaram Pedro Carmo e Rui Nisa, que subiram uma posição após os problemas de Pedro Leone e Bruno Ramos, logo seguidos por Aníbal Rolo e Luis Cavaleiro, que terminaram a prova com a roda traseira esquerda solta.

1º Ricardo Teodósio/António Morais Mitsubishi Lancer Evo IV 54:48.1
2º José Merceano/Francisco Pereira Mitsubishi Lancer Evo IV 56:43.2 + 1:55.1
3º Carlos Valentim/João Mateus Ford Escort RS Cosworth 58:51.4 + 4:03.3
4º Pedro Cunha E Carmo/Rui Nisa Subaru Impreza GT 4 59:24.3 0:00 59:24.3 + 4:36.2
5º Aníbal Rolo/Luis Cavaleiro Mitsubishi Lancer Evo VII 1:00:18.1 + 5:30.0

foto RalisOnline