Freddy Loix conquistou a sua sexta vitória no Geko Ypres Rally, prova a contar para o Intercontinental Rally Challenge (IRC), com o piloto belga a confirmar um triunfo que foi facilitado pelos abandonos prematuros de Juho Hanninen e Kris Meeke.
Num rali bastante complicado (devido às condições variáveis de aderência) e competitivo - quanto mais não seja pela lista de inscritos com 25 modelos S2000 -, o triunfo foi conquistado de forma inteiramente merecida pelo veterano piloto belga Freddy Loix, que continua a fazer jus à sua alcunha de 'Fast Freddy', mostrando que o conhecimento do terreno é parte importante para lutar pelo triunfo nesta prova.
"Estou muito contente com este triunfo. Regressei ao IRC e tenho de agradecer aos meus patrocinadores e especialmente à Skoda Motorsport por ter preparado este carro perfeito", afirmou Loix no final do rali em Ypres.
O dia de ontem acabou por ficar marcado pela desistência de Juho Hanninen, líder do campeonato, devido a despiste, caindo assim um dos candidatos à vitória, naquilo que seria uma boa notícia para o seu principal rival, Kris Meeke. Mas o atual campeão da categoria não aproveitou a oportunidade para recuperar pontos face a Hanninen e abandonou esta manhã. Ao início desta segunda etapa, a diferença entre os dois primeiros cifrava-se em 5,8 segundos, prevendo-se uma batalha interessante pela liderança ao longo desta segunda etapa, o que não veio acontecer devido ao capotamento de Meeke. Com isso, Loix ficou com caminho aberto para o triunfo.
Face a isto, foi Jan Kopecky que ascendeu ao segundo lugar, entregando à Skoda uma muito apreciada 'dobradinha' na estreia do renovado Fabia S2000. Incapaz de lutar pelo triunfo com Loix, Kopecky ainda tentou reduzir os cerca de 30 segundos que o separavam do líder, mas uma pequena saída de estrada a meio da penúltima secção fê-lo mudar de estratégia e passar a rodar no ritmo necessário para terminar em segundo.
Thierry Neuville acabou por ser o melhor dos pilotos ao volante de um Peugeot 207 S2000, apesar da marca de Sochaux ter 11 carros Super 2000 inscritos à partida. Neuville adotou um ritmo consistente e bastante eficaz, mantendo-se entre os mais rápidos e registando um importante pódio, na frente de Bernd Casier, outro piloto 'da casa', e de Andreas Mikkelsen.
Bruno Magalhães efetuou uma segunda etapa sempre ao ataque, com o piloto português da Peugeot Sport Portugal a ganhar terreno aos seus principais adversários e a subir alguns lugares. Depois de uma manhã azarada em que se viu afetado por uma dupla penalização imposta por questões relacionadas com a caixa de velocidades, Magalhães ripostou e cotou-se frequentemente como um dos mais velozes, não obstante o desconhecimento dos troços.
A três especiais do final, o português era sétimo mas ao ataque do sexto posto de Patrick Snijers. Contudo, o azar de uns é a sorte de outros, e no último troço, o motor do Peugeot de Snijers deixou de funcionar, entregando o sexto posto a Magalhães. O piloto português reconhece que esta prova foi importante para a sua aprendizagem: "Foi um bom rali e aprendi bastante aqui. Se voltar na próxima época terei melhores hipóteses de lutar pelos lugares da frente", referiu o piloto luso.
1. Freddy Loix Skoda 2h35m36.9s
2. Jan Kopecky Skoda + 21,4s
3. Thierry Neuville Peugeot + 2.05,5s
4. Bernd Casier Skoda + 4.01,6s
5. Andreas Mikkelsen Ford + 5.20,9s
6. Bruno Magalhaes Peugeot + 6.06,2s
7. Michal Solowow Ford + 7.24,5s
8. Luca Betti Peugeot + 9.37,6s
9. Corrado Fontana Peugeot + 9.53,0s
10. Maciej Oleksowicz Ford + 10.39,0s
