quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sébastien Loeb: "Trabalhar com Ogier no futuro vai ser difícil"


A Citroen tem entre mãos um complicado problema para resolver, com a "guerra-aberta" entre Sébastien Loeb e Sébastien Ogier. Desta feita foi a vez do heptacampeão do mundo recordar o que se passou com ele próprio em 2003, quando teve de manter posições, beneficiando a equipa:

"Sinceramente não sei se terão sido as ordens de equipa que fizeram o Ogier falar tanto de mim. Nunca disse nada em público, relativamente ao que se passava entre portas ou o que sentia relativamente a ele, mas o Ogier decidiu contar o seu lado da história e queixou-se de mim."

"Percebo que a decisão da Citroen em ter pedido para que mantivéssemos as posições não lhe tenha agradado, mas recordo que em 2003, onde eu estava na mesma posição que ele está agora, obedeci a ordens de equipa contra os meus interesses pessoais. Trabalhamos para uma marca, e penso que temos a obrigação de aceitar mesmo que não fiquemos contentes com isso."

"O Ogier está num estado de alma diferente e não aceita, queixando-se da nossa relação. Trabalhar com o Ogier no futuro vai ser difícil. Dantes até nos encontrávamos fora das provas, e agora embora isso vá ser difícil, não mudará a minha vida. Agora só nos vamos ver na Austrália, e daqui para a frente vai ser difícil porque ambos queremos vencer, mas também temos que ajudar a equipa. Enquanto estivermos na mesma equipa, vai ser complicado.", referiu, antes de contar mais alguns detalhes desta relação, digamos, "intrincada".

"Se eu acho que era melhor o Sébastien Ogier sair da equipa? Não sou eu que tenho de tomar essa decisão! O ano passado quando ele negociava com a Ford, eu disse-lhe que seria melhor se estivéssemos em equipas diferentes" referiu Loeb, que viu Ogier dizer que ele negociou com a Citroen o estatuto de número um na equipa: "Não sabia disso, mas penso que tudo foi despoletado quando a Citroen entendeu manter as posições no Rali da Alemanha antes de eu furar. Eu também já tive problemas em ralis anteriores, e fomos autorizados a lutar pelo resultado até ao fim do rali. Por isso estou feliz por ver que a equipa tem prioridades para além da beleza do desporto, quando estão assegurados os dois primeiros lugares. Penso que muito poucas equipas deixariam os seus pilotos lutar até ao fim e correr riscos.", referiu Loeb que não sabe o que faria se estivesse na pele de Ogier: "Se tivesse sido ao contrário, não sei se aceitaria as ordens de equipa.", revelou.